Decisão da Justiça do Trabalho prevê 50% dos veículos em circulação hoje.
A frota mínima de ônibus, que deverá funcionar até o fim da greve do transporte coletivo de Uberlândia, subiu para 50%, o que significa que hoje 168 veículos devem circular pela cidade. Com mais 30 ônibus, a maioria dos itinerários será atendida, mas com número reduzido de veículos. A nova determinação, impetrada pelo Ministério Público do Trabalho de Belo Horizonte, passou a vigorar na sexta-feira à noite. A decisão não garante efetivamente que mais ônibus serão colocados nas ruas. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros, José Luiz Rissoto, parte dos funcionários não está comparecendo ao trabalho, o que, de acordo com ele, impediu que a quantidade mínima de ônibus nas ruas fosse mantida neste fim de semana. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settran), as empresas atingiram, em média, 44% da frota no sábado e 45,5% no domingo. O secretário interino Marconi Santos não fez previsões para hoje. “Depende de muita coisa. Não dá para saber se vai melhorar ou se a quantidade total estará nas ruas. Mesmo porque isso oscila o tempo todo. O certo é que não é suficiente para atender a população”, afirmou. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário, Célio Moreira, se diz preocupado. Segundo ele, as faltas dos empregados ao trabalho são decorrentes da intimidação pela contratação de novos funcionários. “Há uma revolta grande dos funcionários, porque as empresas não estão sabendo lidar com a situação. O sindicato deixou os trabalhadores livres para trabalhar, mas eles não querem. Temo que amanhã (hoje) seja o pior dia da greve”, disse. O presidente do Sindicato das Empresas, José Luiz Rissoto, nega que haja tentativa de intimidação por parte das empresas. De acordo com ele, se o funcionário não aparece é dever do sindicato dos trabalhadores convencê-lo a cumprir a jornada. “É isso que não está acontecendo e por isso a frota mínima não é atingida. Em caso de faltas, fazemos um boletim de ocorrência para constar em documento legal que houve o problema”, explicou.
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