A Microsoft está em uma das maiores encruzilhadas de sua história, com o seu co-fundador Bill Gates se preparando para deixar o seu trabalho no dia-a-dia da empresa na próxima segunda (Leia a cobertura completa da "Despedida de Bill Gates" na página especial).
Mesmo com Gates anunciado com antecedência a sua saída da Microsoft - ele entregou a posição de CEO para Steve Ballmer em janeiro de 2000 e seus planos de aposentadoria foram anunciados há dois anos – abundam questões sobre a empresa, se a era de ouro da Microsoft já acabou.
Por exemplo, o CEO da Forrester Research George Colony escreveu no dia 16 de junho em seu blog que o “monopólio construtivo” Gates criou uma série de padrões de facto de TI – para beneficio da dos usuários, assim como da própria Microsoft.
Colony escreveu que Gates nunca foi um inovador tecnológico, mas ele "possuía a motivação competitiva para forçar as suas tecnologias em posição de monopólio no mercado”. Essa motivação, acrescentou Colony, fez falta para a Microsoft nos últimos anos, com Gates se focando menos na companhia e mais em suas atividades filantrópicas, permitindo que os rivais Google e Apple roubassem a cena da TI.
A Microsoft está se aproximando da meia-idade corporativa - a empresa foi fundada há 33 anos - está enfrentando mais ameaças do que nunca à sua posição de líder da matilha.
Para citar alguns exemplos, a padronização da TI - controlada pela Microsoft – passou a ser desafiada por defensores de formatos abertos de documentos, ao mesmo tempo em que o software de código aberto, tecnológicas Web 2.0 e ofertas de software como serviço (SaaS) estão reduzindo o espaço das lucrativas famílias Windows e Office da Microsoft.
Mas a maior ameaça é o Google. “Quando a Microsoft olha para o Google, vê uma versão de si mesma mais jovem, musculosa e bronzeada. E diz: uau!," disse Rob Horwitz, CEO da consultoria Directions.
O Google Docs, o rival online do Office, é uma adaga mirada ao coração de um dos maiores geradores de lucro da Microsoft. E, todas juntas, as tecnologias de cloud computing do Google está desenhada para esmagar a dominação da Microsoft no desktop.
Ao contrário da Microsoft, o Google “não tem que lidar com processos legais. Este é o motivo pelo qual eles podem atuar como elefantes em lojas de cristais e experimentar," disse Tim Bajarin, analista da Creative Strategies.
Alimentado pelo seu negócio gigantesco de publicidade online, o Google também pode se dar ao luxo de apostar. A maioria dos seus produtos “matadores-de-Microsoft” ainda estão tecnicamente em beta e são grátis para os usuários.
O Google está "tentando bloquear a receita para a Microsoft ao estimular as empresas a não renovar os contratos empresariais com a Microsoft. Mesmo se [o Google] não ganhar dinheiro, a Microsoft está impossibilitada de ganhar", apontou Rob Enderle, analista do Enderle Group.
Desafios para o futuro
Hoje, a Microsoft aparenta um estado de saúde perfeito. A companhia espera divulgar lucros de 16,4 bilhões de dólares e faturamento de 58 bilhões de dólares para o seu ano fiscal de 2008, que termina no dia 30 de junho. Se confirmado, esses números representam crescimento em dígitos duplos perante o ano anterior.
Além disso, em participação de mercado, o Windows e o Office continuam com mais de 90% de dominação. Já o negócio de servidores e ferramentas empresariais é avaliado em mais de 10 bilhões de dólares - que inclui o Windows Server, SQL Server, Visual Studio e System Center - continua a crescer e não tem nenhuma oferta rival do Google.
Fonte: Computerworld
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