segunda-feira, 9 de junho de 2008

Namorar à distância dá certo?


Quando a gente se apaixona, não tem jeito: quer ficar junto, grudado, o máximo possível. Sair pra balada com os amigos, ir pra faculdade, viajar com a família, nada disso tem graça quando o ser amado está longe. Tudo parece cinza, sem sal. Não é pra menos, pois a paixão é um estado que, via de regra, abala realmente todas as estruturas – ainda mais quando está no início.

Mas cá entre nós, realmente está para ser inventado sentimento mais prazeroso do que gostar de alguém e ser correspondido. A questão é: e quando a distância é inevitável, pois cada um vive em cidades – ou mesmo Estados - diferentes? O que fazer para agüentar a saudade e continuar mantendo a paixão?

O estudante de jornalismo Eduardo Tavares mora em São Paulo e há três anos namora Camila, que é de Curitiba. “Nunca havia vivenciado uma experiência como esta, então não sabia exatamente como as coisas iriam rolar”, conta ele, lembrando que conheceu a namorada em um evento da igreja a qual ambos pertencem, realizado na capital paulistana. “Nos apaixonamos e resolvemos namorar mesmo com essa distância”, completa.

Visando driblar a saudade, o estudante diz que costuma falar todos os dias com a amada –por telefone, Skype ou Messenger. Além disso, pelo menos uma vez por mês o casal se encontra pessoalmente. “Normalmente vou mais para Curitiba do que ela vem para São Paulo”, afirma. Segundo ele, uma boa dica para quem namora à distância é focar no futuro. “Sabemos que é uma fase que acabará quando concluirmos os estudos. Aí, ou vou pra lá ou ela vem pra cá, tudo vai depender da cidade onde teremos melhores oportunidades de emprego”, diz.

Além dos gastos terem aumentado consideravelmente depois do começo do namoro, por conta de passagens rodoviárias e ligações telefônicas, Eduardo também comenta que a maior dificuldade para manter um namoro é, fora a saudade, administrar e resolver pequenos conflitos cotidianos. “Quando você tem uma discussão por telefone ou mesmo na hora de ir embora, é complicado porque muitas vezes acaba não conseguindo se expressar da maneira mais apropriada. Fora isso, não está olhando nos olhos da pessoa, o que faz muita diferença”, justifica.

O lado positivo, porém, é justamente a ausência de muitas brigas. “Quando estamos juntos, estamos juntos pra valer, morrendo de saudades. Agora, no nosso caso, não temos tantas crises de ciúmes, somos mais tranqüilos. Imagino que para uma pessoa que quer saber e controlar todos os passos do outro deve ser muito difícil manter um relacionamento como este”, pondera.

Já na opinião da assessora de imprensa Camila Brogliato, para um relacionamento à distância dar certo não basta só amar a outra pessoa, mas também ser muito firme e decidido na hora de ceder às tentações que aparecem pelo caminho, focando sempre em planos e objetivos reais. “Estava namorando há mais de três anos, e tanto eu quanto ele morávamos em Fortaleza. Até que um dia Fábio decidiu se mudar para São Paulo. Apesar de planejarmos que, após algum tempo, eu também me mudaria para cá, as coisas ainda estavam vagas, e o resultado é que depois de alguns meses, estávamos distantes. Só telefone e internet não rola, não adianta”, afirma.

Foi então que Camila resolveu telefonar para o amado e dizer que estava prestes a desistir do relacionamento. “Ele me disse: vou enviar uma passagem e você vem me dizer isso olhando nos meus olhos”. Ela veio e os dois acabaram percebendo que realmente queriam ficar juntos. Assim, pouco tempo depois, a assessora de imprensa pediu demissão de seu trabalho em Fortaleza e se mudou para viver ao lado do amado. “Não quero que aqueles que tenham um relacionamento à distância desanimem ao ler isso. Apenas que se esforcem para estarem presentes em certos momentos. Dar um chega pra lá na saudade, mesmo que seja em um final de semana, acreditem: faz toda a diferença”, aconselha.

Fonte: www.ig.com.br

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