quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Campanhas para prefeito consumiram R$ 1 milhão !

Que absurdo!

Apenas um dos seis candidatados disse não ter gasto nada nos dois meses.

Nos dois primeiros meses da campanha, a disputa pela Prefeitura de Uberlândia gerou uma despesa total de R$ 1.032.290 e arrecadação de R$ 1.131.615. As despesas alocadas no processo eleitoral desde o dia 6 de julho correspondem a menos de 6% daquilo que os seis pretendentes à prefeitura haviam estimado juntos gastar: R$ 19.052.500. Os dados são da segunda prestação de contas parcial feita no fim de semana à Justiça Eleitoral. A primeira tinha sido apresentada no início do mês passado e a definitiva será declarada depois das eleições.

O candidato João Batista (PSOL) foi o único dos seis que afirmou não ter realizado nenhuma despesa desde que a campanha começou. “O nosso programa de televisão é doado e o material impresso só vai ser lançado depois das eleições porque pagamos com cheque pré-datado. Estamos gastando só sola de sapato”, disse a advogada do partido e membro do comitê financeiro, Marilda Terezinha da Silva Ribeiro Fonseca. O candidato do PSOL declarou uma arrecadação de R$ 200.

Entre os demais candidatos, o prefeito Odelmo Leão (PP) foi o que mais arrecadou, R$ 621 mil. Em seguida, está o deputado estadual Weliton Prado (PT), com R$ 261.741, e o deputado federal João Bittar (DEM), com
R$ 248.224. Os principais gastos destes três candidatos: rubricas com locação de bens imóveis, produção de programa de televisão e rádio e publicidade com materiais impressos. O candidato socialista Gilberto Cunha (PSTU) declarou uma receita de R$ 450 com um gasto de R$ 280.

Atraso

Todos os dados estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), menos a prestação de contas de Mauricio Lúcio (PRTB). O candidato justificou que as informações foram prestadas um dia depois do vencimento do prazo, que foi 6 de setembro. Segundo ele, sua campanha para prefeito custou até agora R$ 2.750 e arrecadou R$ 4 mil. “E todas as despesas foram com material de divulgação dos meus vereadores porque o programa da televisão ainda não foi pago”, disse, ressaltando que deve encerrar a disputa eleitoral gastando menos de R$ 10 mil. Maurício havia estimado um gasto máximo de até R$ 1 milhão para a campanha.

Atraso não gera punição

A prestação de contas parcial é uma novidade nas eleições municipais, tendo sido implantada no pleito de 2006. O diretor da Secretaria de Controle Interno e Auditoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas, Adriano Denardi Júnior, explica que não há sanções, nem punições para os candidatos que não obedecem aos prazos. “Mas quando o juiz for julgar a prestação definitiva vai analisar se a omissão teve peso significativo”, afirmou.

O sistema de prestação parcial foi criado para dar mais transparência ao processo eleitoral. “E tem como o objetivo levar informações aos interessados e dar subsídio para a análise final das contas”, disse Adriano Denardi.

Prestação de contas

Segunda parcial - setembro

Gilberto Cunha (PSTU)
Receita R$ 450
Despesa R$ 280

João Batista (PSOL)
Receita R$ 200
Despesa R$ 0

João Bittar (DEM)
Receita R$ 248.224,77
Despesa R$ 203.095,50

Maurício Lúcio (PRTB)
Não declarou*

Odelmo Leão (PP)
Receita R$ 621.000
Despesa R$ 569.838,12
Doações de outros bens ou serviços efetuados a candidato R$ 22.496

Weliton Prado (PT)
Receita R$ 261.741
Despesa R$ 259.077
Doações de outros bens ou serviços efetuados a candidato R$ 37.333,12

Total de Receita: R$ 1.131.615,70
Total de Despesas: R$ 1.032.290,60

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

* O candidato informou que teve uma receita de R$ 4 mil e uma despesas de R$ 2.750

Fonte:

Repórter

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