
A falta de troco chega a provocar filas na lanchonete onde trabalha Priscilla Amanda Araújo Diogo. Segundo ela, não é possível dar desconto e os comerciantes vizinhos não podem mais ajudá-la. “Eles também não têm troco”, disse.
Os consumidores também têm prejuízo com a falta de troco. Amanda Ferreira de Albuquerque, caixa numa clínica médica e odontológica, geralmente aproveita o horário de almoço para fazer serviços pessoais no Centro. “Fazia um lanche rápido e já ia cuidar das minhas coisas. Agora, para receber o troco do almoço, perco um tempão com a espera.”
Poupança
Segundo o Banco Central, o hábito de guardar moedas no cofrinho é um dos principais motivos para a falta de moedas em circulação no País. Há mais de 13 bilhões de moedas no mercado, uma média de 70 unidade por habitante, mas a estimativa é que menos da metade desse volume esteja em circulação. “As pessoas entesouram as moedas e nós não temos como controlar isso. Depois que sai do Banco Central, consideramos dinheiro em circulação”, afirmou a assessora de imprensa do BC, Vânia Cristino.
Segundo ela, a poupança é uma prática positiva e deve ser estimulada, mas é necessário que periodicamente, os poupadores depositem em banco o dinheiro que está no cofre. “Dessa forma, a pessoa devolve moedas para circulação”.
Hábito de juntar moedas em cofre é mantido
A cabeleireira Márcia Cristina Miranda Rizza é adepta do hábito de juntar moedas, tanto em casa quanto no salão. “Esse dinheiro já me salvou em momentos de necessidade”, disse. Da última vez que foi aberta, a poupança rendeu quase R$ 600 em moedas de R$ 0,25, R$ 0,50 e R$ 1. “Se não fosse assim, não teria juntado o dinheiro.”
Na casa de Inácia Ana de Jesus Magalhães e Joaquim Lopes de Magalhães, as moedas também ficam no caixote de madeira improvisado para guardá-las. Da última vez que a caixinha foi aberta, havia R$ 800, dinheiro suficiente para as despesas com a reunião de família no fim do ano, de acordo com Inácia Magalhães. “É quando a parentada vem de fora”, disse.
Joaquim Magalhães é vendedor ambulante e usa moedas para troco, e sempre tem algumas de sobra na bolsa. “As moedas só saem de casa para fazer troco. As que voltam comigo vão para o cofrinho.”
Fonte.: Jornal Correio de Uberlândia
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